Em 2006 foi emitido pela RTP um programa com o nome
Os Grandes Portugueses onde se podia escolher qual seria, para cada um dos portugueses, o seu maior compatriota.
Os 10 finalistas foram:
António de Oliveira SalazarÁlvaro CunhalAristides de Sousa MendesD. Afonso HenriquesLuís de CamõesD. João IIInfante D. HenriqueFernando PessoaMarquês de PombalVasco da GamaApós grande polémica, e finalizadas as votações o povo português elegeu António de Oliveira de Salazar como esse português.
Independentemente da opinião de cada um, concorde-se ou não, sem dúvida que Salazar deixou uma marca indelével no Portugal do século XX. Algumas positivas, e muitas negativas...
Se não posso deixar de concordar que devemos ter memória, o que acho inacreditável é que de todos os 10 nomeados, um deles seja praticamente esquecido na nossa história do dia a dia, senão vejamos...
Num dia de passeio de fim de semana passámos pela terra natal do 3º finalista, Aristides de Sousa Mendes.
Este Grande Homem, chamado de "o
Oskar Schindler português", salvou a vida a mais de 30.000 pessoas, atribuindo-lhes vistos que lhes permitiram escapar aos nazis. Aliás, não querendo entrar em qualquer conflito, mas TODOS conhecem Schindler, que salvou 1200 judeus, mas poucos se lembram de Aristides de Sousa Mendes, que salvou 30 vezes mais pessoas, e dos quais 10.000 judeus.
E perguntam-me vocês, porquê esta diatribe toda?
Basta ver o que está abaixo:
Este é o estado em que se encontra a sua casa!
Esta é a importância que se dá aos nossos grandes Homens, e a muitos monumentos que se encontram ao abandono por todo o nosso Portugal.
Gastem-se milhões em TGV's, cuja rentabilidade é desconhecida, nem se sabendo em quantos anos recuperaremos os valores que estão a ser gastos, que servirão para trazer turistas que vêm ver o lixo nos nossos monumentos, e que se vierem ao fim de semana correm o grande risco de os encontrar encerrados.
Vamos dar os vivas ao governo que investe 0,00€ no nosso Turismo... Que se esquece que as pessoas neste pais também têm direito a conhecer as suas origens. Que se esquece que as pessoas devem saber de onde vêm. Por isso se vê a cada vez maior ignorância que existe da parte da juventude sobre o nosso passado.
Deixem-se de tretas, e reconstruam o que anda por ai a cair de podre, abandonado e desprezado. Em vez de tentarem inventar sabe Deus o quê, recuperem quando tal for possível, melhorem quando tal for necessário, e destruam quando nada mais houver a fazer.
Utilizando um slogan já bem velhinho, vamos fazer deste Portugal um sitio melhor.